Eu te amo como se eu fosse o Al Pacino
Olha só, eu te amo.
Não sabia como dizer, a não ser dizendo.
Quero dizer, eu sou apaixonado por ti.
Totalmente, completamente, incondicionalmente maluco por ti.
Meu coração não sabe se acelera ou se para por completo quando te vejo.
Aliás, ele nem fica em seu lugar mais, meu coração está no meu estômago, no meu cérebro, atrás dos meus olhos, nos meus joelhos fracos, cada minuto num lugar diferente.
Eu não sei mais quem eu sou.
E não me importa.
Eu quero casar contigo.
Quero dormir do teu lado.
Comer na tua frente todos os dias.
Eu quero tomar longos banhos contigo. Mar, chuva, mangueira e chuveiro.
Eu quero ter uma filha com teu jeito, teus cabelos, teu sorriso doce e largo.
Eu sei que te dizer isso tira toda a graça, que tira o mistério, interrompe as brincadeiras e flertes.
Mas eu tinha que dizer.
E eu sei que tu vai recuar, desconversar, talvez até sumir.
Pela tua cara de apavorada agora, é o que vai acontecer e está tudo bem, eu entendo.
O que estou propondo não é a gente se beijar ou ir pra cama, é mais difícil do que isso.
É melhor, eu acho.
É mudar toda a tua vida, a minha vida, em nome de algo definitivo, extraordinário, desconfortável, delicado, sério.
É assustador.
Parando agora pra pensar… é assustador.
Mas nada nunca me pareceu tão certo, tão maior, tão urgente.
E eu nunca tive tanta clareza.
Pensar em te falar tudo isso era uma coisa amedrontadora.
Mas agora que já falei, parece ser a única coisa que já saiu da minha boca que realmente já prestou.
E foi mais fácil do que imaginei.
Na minha cabeça, ensaiei como se eu fosse o Al Pacino, e sei que eu falando deve estar soando tudo muito boboca e desesperado.
Mas eu tinha que te falar.
Se não pra gente ficar junto, pelo menos pra celebrar o que sinto por tudo que tu é e representa para a vida, para a minha vida.
Mas, por mim, se der, a gente fica junto.